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6 erros comuns dos investidores bem informados

Seguir a manada e comprar ações pelo preço e não pelos fundamentos da empresa são alguns dos erros comuns

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Mulher sentada fazendo contas segurando papel e caneta ao lado de uma calculadora

Acompanhar de perto os próprios investimentos parece ter ficado mais fácil com a quantidade de informação disponível em sites e canais especializados. Cada vez mais pessoas se interessam em aprender a cuidar melhor das próprias finanças.

E esse é um percurso de aprendizado constante. Com os conceitos mais básicos assimilados, o investidor vai ganhando experiência, tomando contato com produtos mais complexos e, eventualmente, sofisticando suas estratégias. Mas ainda há muito o que aprender.

Pode ser que você não cometa deslizes elementares, como aplicar todo o dinheiro na caderneta de poupança, comprar ações tendo um perfil conservador ou se deixar seduzir por pirâmides financeiras.

Mas existem erros que até investidores com mais experiência cometem, por excesso de confiança ou simples desconhecimento.

1. Comprar ativos correlacionados achando que está diversificando

Você já cansou de ler por aí que a regra número 1 dos investimentos é não colocar todos os ovos na mesma cesta, ou seja, é preciso diversificar. Então você resolve comprar ações de várias empresas. Mas imagine que, diante de uma desvalorização do câmbio, todas elas se comportam da mesma maneira e caem, porque todas as empresas em questão têm grande exposição ao dólar.

Uma carteira diversificada é aquela que contém ativos que caminham em direções diferentes – é isso que manterá você protegido em diversos cenários.

2. Girar demais a carteira

Uma carteira saudável parte dos projetos pessoais do investidor, de seu horizonte de tempo e perfil de risco, para chegar aos produtos adequados. Mas, com o tempo, produtos mais sofisticados surgem no horizonte e, em meio a tantas informações, alguns investidores acabam se perdendo pelo caminho.

Um dos efeitos colaterais de viver atrás da última novidade do mercado é a ineficiência fiscal. Isso porque quem realoca os recursos o tempo todo cai sempre na alíquota mais alta de Imposto de Renda, de 22,5%.

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3. Planejar a aposentadoria pensando em uma meta de acumulação

Qual é sua meta de investimento? Aplicar a 300% do CDI, para acumular R$ 1 milhão? Se você fizer tudo direitinho, talvez consiga juntar essa quantia em 20 anos e terá feito um bom investimento. Mas, se sua intenção for ter uma velhice tranquila, isso pode não ser suficiente.

Na hora de traçar seu objetivo de aposentadoria, não pense em um valor a acumular, mas em renda. Gerir o próprio dinheiro o tempo todo é um desafio e tanto, já que um erro de cálculo pode fazer com que você acabe não acumulando o suficiente – e só perceba isso quando não puder mais produzir renda. Por isso, investir em previdência privada pode ser uma alternativa. Ela permite transformar uma parte dos recursos em renda a ser paga pela seguradora, mitigando esse risco.

4. Achar que ter visão de longo prazo é ficar muito tempo sem mexer na carteira

As ações que você comprou não estão indo bem, e o mau desempenho se repete nos meses seguintes. Mas você não vai mexer em nada: afinal, aprendeu que ações são investimentos de longo prazo, portanto é necessário ter paciência e persistir, certo? Bem, não é por aí.

“Longo prazo” significa que você não deveria dispor no mês que vem ou no ano que vem do capital aplicado em renda variável, porque o horizonte desse tipo de investimento é mais longo. Mas a gestão da carteira, você tem que fazer periodicamente, balanceando quando necessário.

5. Comprar ações pelo preço e não pelos fundamentos da empresa

Uma ação que custa R$ 1 ou R$ 3 está barata e outra de R$ 60 está cara? Se uma ação se desvalorizou ao longo do tempo, com isso ela ficou barata? Nada é tão fácil assim. Um erro comum do investidor é se prender ao preço de negociação – e escolher empresas que entende serem “baratas”.

A análise correta a se fazer passa pelos fundamentos da empresa: balanços, perspectivas, planos de investimento para os próximos 10 anos.

6. Seguir a manada

Investir em ativos como ações e criptomoedas exige ter estrutura para suportar oscilações bruscas – sem tomar decisões impulsivas.

O que os experientes mais querem é que a manada empurre os preços para baixo, para eles comprarem mais barato. Por isso, o investidor não pode seguir a manada. Ele precisa aprender a separar o risco do ruído passageiro.

Para ter o autocontrole e o discernimento necessários, é preciso ter educação emocional, para desenvolver uma tolerância ao risco, e algum conhecimento sobre o mercado.

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