Começar a investir não é um bicho de sete cabeças, mas exige disciplina, planejamento e conhecimento. Com a disseminação da educação financeira, cada vez mais brasileiros estão buscando oportunidades de investimentos.
Em janeiro, por exemplo, a bolsa de valores brasileira atingiu a marca de abertura de 5 milhões de contas de pessoas físicas.
Antes de começar, é importante saber o básico: investir pode ser uma boa ferramenta para aumentar o patrimônio, mas não é sinônimo de fortuna imediata. Não existem fórmulas milagrosas.
A primeira etapa é construir uma reserva de emergência, que é um montante destinado a emergências, como o próprio nome diz. Cada especialista indica tamanhos diferentes para a reserva, mas um bom ponto de partida é acumular, pelo menos, três meses das despesas mensais.
Mas não vale gastar este dinheiro com qualquer coisa. A reserva só deve ser usada realmente em situações emergenciais e, quando isso acontecer, o ideal é que o investidor reponha o dinheiro o mais rápido possível.
A reserva precisa estar alocada em produtos seguros e com resgate imediato. Alguns ativos com estas características são CDBs com liquidez diária ou fundos conservadores.
Com a reserva montada, é hora de pensar na aposentadoria. O foco deve ser buscar investimentos que tragam uma renda complementar ao INSS.
Uma forma prática de investir é por meio de aportes mensais programados em previdência privada. Outros produtos interessantes para quem quer garantir uma boa aposentadoria é o Tesouro Direto IPCA+ (atrelado à inflação) ou até uma carteira de ações.
O valor a ser investido varia de acordo com o padrão de vida que a pessoa espera ter no futuro. Com a reserva de emergência montada e os aportes mensais para a aposentadoria, é a hora de buscar por produtos um pouco mais ariscados, mas que trazem um retorno maior.
O investidor deve começar aos poucos, alocando valores baixos e estudando a respeito dos produtos disponíveis no mercado. À medida que começar a se sentir mais a vontade, dá para aumentar a exposição ao risco, buscando novos produtos ou aumentando os aportes.
Uma boa pedida é começar com fundos multimercado, fundos imobiliários e ações e, com o tempo, ir adicionando outros produtos a sua carteira, como crédito privado, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), debenture incentivadas ou investimentos no exterior.
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