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Comprar ou alugar um imóvel: qual a melhor opção?

Tanto a compra quanto o aluguel possuem diversas vantagens e desvantagens a serem analisadas

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Duas pessoas apertando as mãos após fechar um acordo de comprar ou alugar um imóvel

Ter uma boa moradia é um dos maiores desejos de muitos brasileiros. No entanto, não existe uma única maneira de conquistar esse objetivo. Por conta disso, muitas pessoas se perguntam o que vale mais a pena, comprar ou alugar um imóvel?

Neste post, vamos fazer uma análise dessa dúvida, para que você consiga avaliar qual opção vale mais a pena. Confira mais informações a seguir.

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Comprar um imóvel: vantagens e desvantagens

Existem algumas razões citadas com bastante recorrência por quem deseja comprar um imóvel, bem além do desejo de ter uma casa própria.

Um ponto que pesa bastante no desejo de comprar um imóvel é a liberdade para reformar, decorar, deixá-lo como sempre quis, com a sua cara. Além disso, não ficar sob o risco de precisar sair do imóvel ao fim de um contrato também é um fator que deve ser levado em consideração.

Por outro lado, essa mesma liberdade também demanda cuidado. Isso porque um financiamento imobiliário é um compromisso de longo prazo. Podendo se tornar uma dívida de anos ou até mesmo décadas.

Para quem é jovem e está em começo de carreira ou para famílias cujas necessidades tendem a se alterar, é preciso ter em mente que pode surgir o desejo de ir para outro imóvel ou a necessidade de reduzir gastos. Nesse caso, ter uma casa própria pode ser um empecilho, já que vender um imóvel é difícil, especialmente se não estiver quitado.

Alugar um imóvel: vantagens e desvantagens

Aluguéis também têm suas vantagens. Diferentemente do cenário de compra, não há necessidade de preocupação com custos ou dificuldade de venda, além de tornar o processo de mudança muito mais ágil e prático.

Outra vantagem é a vasta quantidade de opções. A oferta de imóveis para aluguel é ampla e com uma procura bem feita é provável que você consiga achar um local de boa qualidade e localização, com um preço que cabe no bolso. Dessa forma, acaba sendo mais barato que as parcelas de um financiamento.

Além disso, por mais que as possibilidades sejam mais limitadas, dificultando reformas, por exemplo, é possível aplicar um certo grau de personalização, mediante autorização do agente imobiliário.

Por outro lado, há também algumas desvantagens. No caso de querer se mudar imediatamente, o locatário provavelmente terá que arcar com uma multa. Além disso, há a possibilidade de ser obrigado a se mudar, causando um transtorno indesejado.

Há também a possibilidade de reajuste no valor do aluguel. Isso pode acabar fazendo com que um preço que antes cabia no seu bolso torne-se caro demais, induzindo a um novo processo de mudança.

Por fim, a liberdade de escolha é bastante limitada. Isso não diz respeito só à personalização mencionada anteriormente, mas também a mudanças no condomínio, sobre as quais locatários geralmente não possuem nenhum tipo de gerência.

Quanto custa alugar uma casa?

Pense nessa possibilidade como se fosse um projeto. Esse projeto tem um prazo, que é estabelecido em contrato. Para este exemplo, vamos usar um prazo de 5 anos. Com isso em mente, qual é o fluxo de caixa que você terá ao longo desses 5 anos?

Quando se fala em aluguel, o comum é começar com um valor mensal que, após 12 parcelas ou um ano, é corrigido pelo IGP-M, índice criado para medir o movimento de preços. Então, o valor pago passa a ser o corrigido pelo IGP-M, por 12 meses, até que é feita uma nova correção, e assim por diante.

Esse fluxo de aluguel que sofre correção do IGP-M, a valor presente, resulta em uma soma volumosa, cujo resultado é o custo de morar alugado em uma casa pelos próximos 5 anos.

Quanto custa comprar uma casa?

Embora a maior parte das pessoas que compram um imóvel não o façam com a intenção de morar nele por somente 5 anos, vamos continuar usando esse prazo para que a comparação entre os dois projetos faça sentido financeiramente.

Neste cenário, o fluxo de caixa seria traduzido em uma entrada, que costuma ser de 20% do valor do imóvel, seguida de um financiamento contínuo, em parcelas mensais, que geralmente se prolonga por muitos anos. Ao final do prazo, também entram no fluxo a venda do imóvel e a quitação do financiamento.

Ao somar esses três negativos (entrada, parcelas e quitação) com o positivo da venda, surge um novo fluxo de caixa, também negativo. O resultado dessa operação, por sua vez, é o custo de comprar uma casa, que pode e deve ser comparado com o custo de morar alugado.

Muitas pessoas se sentem um pouco desorientadas em relação a como estimar o valor que o imóvel valerá ao final do prazo. Geralmente, para ser conservador, corrige-se o valor do imóvel com a reposição da inflação, pelo IPCA, por exemplo.

No fim das contas, o mais importante é refletir sobre os seus objetivos e desejos e ver se eles estão mais de acordo com as vantagens da compra ou do aluguel. Compare, então, os custos de cada um e pense no que vale mais a pena dentro das suas próprias circunstâncias.

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