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Leitura de 18 min

O que é inflação: entenda suas causas e como se proteger do fenômeno

A inflação é um fenômeno que representa o aumento de preços. Mas você sabe de qual forma esse fenômeno pesa no seu bolso?

Atualizado em

Mulher negra fazendo a leitura em um tablet aprender sobre inflação

O aumento de preços de produtos, como alimentos e gasolina, tem sido comum no mundo inteiro. A inflação se tornou uma grande protagonista de muitas conversas e é um fenômeno que assusta os brasileiros, principalmente aqueles que viveram a hiperinflação dos anos 80 e 90. Nesta época, a alta de preços chegou a aumentar cerca de 82% de um mês para o outro.

Historicamente, o Brasil encara picos inflacionários de maior ou menor magnitude. De modo que hoje a inflação não se aproxima de um cenário tão aterrorizante, mas pressiona diariamente o bolso de muitas pessoas. O aumento ou diminuição do índice está atrelado a vários fatores econômicos, como conflitos geopolíticos e consequentes impactos nas cadeias de produção, o que faz com que a volatilidade seja uma de suas grandes características.

Apesar de ser conhecida como vilã, uma inflação baixa e estável pode ser o indicador de uma economia saudável. Mas como saber quando a taxa está alta demais ou em equilíbrio? Será que o peso nas compras no final do mês é o suficiente? E mais, será que é possível fazer da inflação uma aliada?

Neste texto, ressaltamos a importância de se atentar aos rumos do cenário econômico do Brasil e do mundo, principalmente em um contexto pós-pandêmico, para compreender o real significado de inflação. Compartilhamos também como a inflação é calculada e se existe algum jeito de se proteger contra os anos de alta. Abaixo, confira os pontos que você vai aprender durante a leitura:

  1. Inflação: o que significa na prática?
  2. Quais são as causas da inflação?
  3. Como a inflação é calculada?
  4. Quais os efeitos da inflação?
  5. A inflação pode pesar mais no seu bolso
  6. É possível diminuir a inflação?
  7. Qual a diferença entre hiperinflação e inflação?
  8. Histórico de inflação no Brasil
  9. Como se proteger da inflação? 
  10. Existe algum investimento no C6 Bank beneficiado pela alta da inflação?

Para complementar ainda mais seu conhecimento, conheça outros posts relacionados ao tema:

Inflação: o que significa na prática? 

A inflação significa a alta nos preços de produtos e serviços continuamente durante um determinado período. Esse aumento de valor acontece de forma generalizada, o que quer dizer que ele não incide somente em alimentos, por exemplo. Em um cenário inflacionário é comum você se deparar com gasolina, consultas médicas e até mesmo cortes de cabelo mais caros, todos na mesma época.

Além disso, o tempo também é um fator importante para entendermos como a inflação funciona. Isso porque um aumento esporádico de preços não se relaciona com o conceito de inflação, é necessário que ele permaneça alto por um longo período. Por isso, normalmente a taxa é calculada considerando a variação de um mês para o outro. E é comum que você encontre expressões como “inflação acumulada” ou “no acumulado de 12 meses” para se referir a um momento analisado.

A inflação de 2022 é um bom exemplo para entender como esse fenômeno acontece no dia a dia. Durante o decorrer do ano foi possível acompanhar a mudança dos valores nos mais diferentes setores, o que, consequentemente, pesou bastante no bolso da população.

Sair aos finais de semana com a família, por exemplo, passou a custar mais. Assim como abastecer o carro, fazer uma viagem ou comprar roupas novas. Nesse sentido, podemos dizer que na prática ela também representa a diminuição do poder compra, isso porque com os preços aumentando de forma generalizada, o valor da moeda (neste caso, do real) também diminui.

Quais são as causas da inflação?

As causas da inflação variam bastante e tocam em aspectos complexos da economia, o que justifica a dificuldade de encontrar uma solução rápida para o problema. Mas, de forma resumida, o aumento da demanda, dos custos e da emissão de moeda são as razões mais conhecidas.

Além disso, os principais motivos que levam uma economia de encontro com a inflação podem ser divididos em três grupos:

  • Causa monetária: quando o setor público decide “imprimir” dinheiro.
  • Causa real: quando o valor real da moeda é depreciado, normalmente devido a um desequilíbrio entre oferta e demanda.
  • Causa psicológica: quando se relaciona estritamente com o comportamento humano.

Abaixo, exploramos um pouco mais como elas acontecem:

1. Emissão da moeda ou “impressão” de dinheiro

O aumento da emissão da moeda é uma das causas mais conhecidas, e representa o conflito entre setor público e privado. Talvez você já tenha se perguntado “por que o governo não pode imprimir mais dinheiro?” e a resposta é que, quando a quantidade de dinheiro circulando aumenta e é maior do que a oferta de produtos, os preços crescem.

Entretanto, em alguns momentos, é possível que as dívidas públicas sejam maiores do que o valor que foi arrecado e é necessário “imprimir” mais dinheiro, o que pode, eventualmente, gerar um movimento inflacionário. E esta dinâmica é considerada um sintoma clássico de economias disfuncionais.

2. Aumento da demanda

O aumento da demanda acontece quando muitas pessoas querem consumir um produto e não existe quantidade suficiente no mercado para suprir esse desejo. E essa é a resposta para pergunta “o que é inflação de demanda?”. Neste caso, os preços sobem para possibilitar um equilíbrio entre oferta e demanda.

Um exemplo não muito distante foi o crescimento do valor do álcool gel em 2020 e 2021, período em que, por causa da pandemia de Covid-19, a procura pelo produto expandiu.

No mesmo período, o isolamento social somado ao home office, fez a busca por itens eletrônicos crescer, o que gerou um aumento intenso na demanda por semicondutores. Isso impactou diretamente a cadeia de produção do setor tecnológico e automobilístico. Por esse motivo, os preços dos carros e computadores estão nas alturas.

3. Pressões de custos

Como o nome diz, a inflação por pressões de custos acontece quando a produção de um produto ou oferta de um serviço fica mais cara. No ano de 2022, por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia, foi possível observar o encarecimento da produção de gasolina, já que a guerra econômica pressiona os preços das commodities em geral.

Nesta situação fica mais fácil perceber que as causas inflacionárias podem extrapolar as fronteiras nacionais e sofrer impactos de movimentos econômicos globais, conflitos geopolíticos, entre outros.

4. Inflação inercial

A inércia inflacionária tem forte relação com o passado. Nesta circunstância, os valores de alguns bens e serviços, como o aluguel de um imóvel e o salário, são baseados na inflação anterior, na busca de fazer um reajuste legítimo – o que podemos chamar de indexação.

Porém, é possível que um movimento como esse retroalimente ainda mais a dinâmica da inflação, o que foi possível observar no Brasil dos anos 90.

5. Expectativa de inflação

A expectativa de inflação é uma causa psicológica e também tem raízes no passado, o que cria uma forte relação com o tópico anterior.

Para exemplificar: imagine uma agência de turismo, o dono, com medo da alta de preços no futuro prejudicar seu negócio, decide aumentar o valor dos pacotes de viagens. Ou um cabeleireiro que, alarmado com eventuais despesas e em busca de mais segurança, passa a cobrar mais caro por cortes e tinturas. Nas duas situações é possível verificar como a expectativa de inflação funciona com base em uma preocupação futura.

Existem apenas 5 causas inflacionárias?

Como já foi citado, as causas da inflação podem variar bastante. Mas nem sempre os motivos que levaram um determinado país a uma dinâmica inflacionária se repetirão em outras nações. Segundo Carlos Antonio Luque e Marco Antonio Vasconcellos, doutores em economia da USP:

“Efetivamente, não constitui uma tarefa simples sistematizar a análise do problema de inflação, devido à evidência de que as fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país, ou de cada época.”

Nesse sentido, para uma análise profunda do avanço dos preços, é necessário olhar para outros fatores. Os conflitos de distribuição de renda, como a relação de preços e salários ou a relação da economia nacional com outros países, também entram nessa equação.

Aqui, a nossa dica é acompanhar os processos da economia como um todo. E sabendo que se manter informando não é uma tarefa fácil, semanalmente, o C6 Bank lança um relatório e um podcast com análises macroeconômicas, que podem ajudar você a compreender ainda mais o contexto econômico atual. Basta clicar nos links abaixo para conhecer os conteúdos que mais se relacionam com a discussão:

Como a inflação é calculada? 

A inflação é calculada a partir dos índices de preço, sendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) o indicador padrão para o cálculo de metas para inflação, e é utilizado como referência pelo governo federal. No mês de janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que, atualmente, o IPCA está em 0,56%. Nesse sentido, a inflação acumulada nos últimos 12 meses, é de 4,62%.  

O que você precisa saber sobre o IPCA:

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável por produzir o IPCA, esse índice mostra se os preços de bens e produtos aumentaram ou não de um mês para o outro.

É importante frisar que os itens examinados não são selecionados aleatoriamente, eles têm como base a POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares, também realizada pelo IBGE. Neste estudo o Instituto analisa o que as pessoas consomem e o quanto gastam. Ou seja, a relação de consumo e gasto é observada. Exemplificando, quanto uma família usa para pagar o transporte público ou moradia são perguntas que a pesquisa pretende responder

A partir da análise dos hábitos financeiros da população cria-se a chamada “cesta de produtos do IPCA”, que atualmente é composta pelas seguintes categorias:

  • Alimentação
  • Habitação
  • Vestuário
  • Transporte
  • Saúde
  • Despesas pessoais
  • Educação
  • Comunicação

A cesta de produtos é importante para compreensão do que realmente significa um aumento de preços generalizado. Como é possível observar, diferentes instâncias de consumo são avaliadas.

Segundo o IBGE, o cálculo mensal estuda 13 áreas urbanas do país e em média 430 mil preços são comparados com o mês o anterior. O resultado dessa conta é um valor único, que reflete a variação de preços.

E ainda é importante ressaltar que o IPCA leva em consideração o consumidor amplo, o que quer dizer que a população analisada é a que possui uma renda mensal de 1 a 40 salários-mínimos. Então, esse dado não necessariamente representa o quanto você ou sua família gastam exatamente, é um valor que procura se aproximar da média nacional dentro desta faixa de renda

IPCA e IPCA-15 são a mesma coisa?

Não, mas os dois índices analisam os mesmos dados, a partir da mesma cesta de produtos. A única diferença é que enquanto o IPCA faz uma análise mensal, o IPCA-15 observa a variação a partir do dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês vigente. Ou seja, ele funciona como uma prévia. E ainda é possível encontrar uma variação do acumulado trimestral, o IPCA-E.

Existem outros índices de inflação?

Sem dúvidas, o IPCA é um grande protagonista quando o assunto é inflação. Mas, na verdade, outros índices também têm potencial de entrar nessa conta, sendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) os que mais se destacam.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), outro índice produzido pelo IBGE, engloba apenas os hábitos financeiros de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos. Ele busca trazer uma representação maior para um grupo que é severamente afetado pela alta dos alimentos e de energia elétrica, por exemplo, uma vez que estes itens têm um peso maior na cesta de consumo dessas famílias.

Índice Geral de Preços do Mercado

Conhecido como IGP-M, o Índice Geral de Preços do Mercado é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Se você tem um contrato de aluguel ou um seguro saúde, talvez já tenha se deparado com esse indicador.

Em resumo, ele é formado por outros três índices:

  • IPA-M: mede preços por atacado
  • IPC-M: mede preços ao consumidor
  • INCC: mede preços de construção

A inflação pode pesar mais no seu bolso?

A inflação não pesa no bolso das pessoas da mesma forma. O IPCA, por exemplo, analisa o consumidor amplo, em busca de encontrar uma variação média no valor de consumo.

Porém, ao pensar em sua cesta de produtos individualmente, talvez uma das categorias aperte mais do que as outras. Ou ainda é possível que você tenha uma família maior, o que aumenta consideravelmente seus gastos.

Essa variação na forma em que cada consumidor percebe o movimento inflacionário, pode ser chamada de inflação pessoal. Nesse sentido, se você tem uma renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos, o INPC se aproxima mais da sua realidade. Agora, se você conta com uma renda superior a esse contexto, um cálculo que considere os seus gastos é o mais recomendado.

Em nosso blog, você pode encontrar mais informações sobre o que é a inflação pessoal e como calculá-la, basta clicar no link.

Quais são os efeitos da inflação?

Os efeitos da inflação também variam, mas comumente chegam ao mesmo resultado: o impacto negativo no crescimento econômico.

Abaixo, apontamos aqueles que são mais conhecidos.

1. Diminuição do poder de compra

A diminuição do poder de compra é a responsável por gerar calafrios nos brasileiros e é o que faz o cidadão sentir a inflação no próprio bolso. Isso porque ela representa a desvalorização do seu dinheiro. Com o aumento generalizado de preços por muito tempo, a tendência é que você não consiga gastar como antes.

Neste caso, é importante ressaltar que suas despesas também aumentam de forma generalizada. Sendo assim, você passa a pagar mais caro no supermercado, estacionamento, consultas médicas, entre outros produtos e serviços que fazem parte da sua cesta individual.

Essa diminuição afeta diretamente os hábitos consumo e, em resumo, pode levar as pessoas a dois diferentes cenários:

  • A população que tem mecanismos para proteger sua renda da inflação passa a reavaliar os itens que consome, na busca de evitar gastos.
  • A população que se encontra em situação de vulnerabilidade em um momento inflacionário pode simplesmente parar de comprar.

Mas esse efeito não para por aí. Quando a população deixa de consumir, as empresas são altamente afetadas. De modo que os empresários podem se deparar com uma queda nas vendas. E essa espiral só continua, investidores, ao perceberem o mau funcionamento das companhias, tendem a investir menos.

2. Desestímulo aos investimentos

Sim, a desvalorização da moeda também impacta os investimentos. Seja renda fixa ou variável, o que pode acontecer é a diminuição da rentabilidade real. E, sem dúvidas, a possível perda de rendimento acaba afastando investidores.

3. Balanço de pagamento

A inflação pode fazer com que os produtos nacionais fiquem mais caros quando comparados aos internacionais. Como resultado, as importações roubam o espaço na economia do país e as exportações são deixadas de lado. A longo prazo, esse efeito pode se transformar em uma espiral muito negativa e difícil de sair.

4. Expectativa de inflação

Entendendo que a inflação faz um movimento cíclico, a expectativa é tanto causa quanto efeito. Quando a população vê os preços de produtos e serviços permanecerem altos, é comum que o medo desse processo se repetir ou acontecer em breve tome conta das pessoas.

É possível diminuir a inflação?

Sim, apesar de ser um sistema muito complexo, é possível diminuir a inflação. O controle da alta de preço é um trabalho feito por muitas mãos, governo e autoridades monetárias precisam se movimentar em conjunto.

O aumento da Taxa Selic talvez seja uma das ações mais conhecidas para frear a inflação. Aqui, o Banco Central é um dos agentes responsáveis por tentar fazer com que os valores de produtos e serviços fiquem estáveis. E a Política Monetária, neste caso, possibilita que o BC entre em ação. Já que ela tem como objetivo administrar o dinheiro que circula no país, indo de encontro com uma economia saudável.

A meta para inflação é parte importante dessa engrenagem, e é valido pontuar que diferentes bancos centrais do mundo também adotam essa medida. No Brasil, ela é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e para esclarecer como a diminuição da inflação é bastante complexa, a CMN define em junho a meta para três anos-calendários à frente. O que nos mostra que muito planejamento está envolvido no processo.

Por esse motivo, em um contexto inflacionário é comum que a taxa de juros fique mais alta, na expectativa de que a inflação fique ao redor da meta.

Apesar de fundamental, a atuação do BC não pode caminhar sozinha. Ações do governo, como reformas tributárias e diminuição de gastos, também podem desempenhar um papel positivo.

Qual a diferença entre hiperinflação e inflação?

A principal diferença é que em um contexto de hiperinflação os índices podem alcançar mais de 50% em um mês. Já a inflação tem um aumento considerável, mas bem menor quando comparado ao primeiro exemplo.

Apesar de ser categorizado como um fenômeno econômico raro, o Brasil passou por um momento como esse na década de 80. Na época, ela chegou a aumentar cerca de 82% de um mês para o outro.

Além disso, os efeitos de uma hiperinflação acompanham a dimensão desse problema. Ou seja, a incerteza com relação à economia e a diminuição do poder de compra são muito maiores, os investimentos podem diminuir exponencialmente e as empresas definitivamente não conseguem vender.

Mesmo com a inflação de 2022 alta (8,73% no acumulado de 12 meses até agosto), o Brasil se encontra muito distante de viver esse cenário novamente.

Histórico de inflação no Brasil

Os brasileiros são perseguidos pela memória inflacionária. Ou seja, o medo de reviver a hiperinflação que aconteceu nas décadas de 80 e 90 ainda se faz muito presente. Como apontado no Podcast Macro Review do C6 Bank, Como o trauma da memória inflacionária interfere na inflação de hoje, o medo alimenta o medo, o que faz com que a inflação passada afete a dinâmica de preços atuais.

Entretanto, mesmo que o cenário de hiperinflação tenha marcado o histórico brasileiro, a inflação é um problema nacional de décadas anteriores a esse período. Segundo Carlos Antonio Luque e Marco Antonio Vasconcellos, doutores em economia da USP, desde o começo da década de 50 a economia passa por processos inflacionários.

O Plano Real, implantado pelo governo, foi um importante projeto para frear a inflação extrema. De acordo com o Banco Central, a inflação finalizou o ano de 1994 em 916% e o ano de 1995 em 22%.

A implementação do Plano reforça que o caminho para diminuição é árduo, mas possível. Ainda segundo o BC, que participou ativamente no desenvolvimento do regime, ele foi dividido em três etapas:

  • Ajuste fiscal e emergencial: corte de gastos e flexibilidade orçamentária
  • URV: de março a junho de 1994, os preços da economia eram declarados em URV, “a moeda de conta”. E os Cruzeiros Reais passaram a ser conhecidos como “a moeda de pagamento”.
  • Real: em 1º de julho a URV foi convertida em real.

Aqui fica fácil perceber que a atuação do governo e autoridades monetárias, quando feita em conjunto, pode diminuir a taxa inflacionária.

É um fato que a inflação no Brasil está alta, mesmo que já não se encontre mais com dois dígitos. Ainda assim, é válido reforçar que estamos distantes de viver um aumento de preços tão severo.

Como se proteger da inflação?

A inflação costuma ter  um impacto muito maior na população baixa renda. O salário-mínimo, por exemplo, sofre grande desvalorização. E é comum que essas pessoas não tenham acesso as ferramentas necessárias para se proteger da inflação, já que os investimentos são o principal meio para isso.

A depreciação da moeda é um dos principais efeitos desse problema. De modo que ao não investir, o valor do dinheiro é jogado constantemente para baixo.

Mas aplicar o seu dinheiro sem acompanhar o cenário econômico e as projeções feitas pelas autoridades monetárias, também pode ser um risco. Sendo assim, o melhor caminho é se manter informado e diversificar sua carteira de investimentos.

Sem dúvidas, os produtos atrelados à inflação ajudam na proteção ao seu patrimônio. Neste caso, o valor aplicado continua rendendo e não é superado pelo IPCA.     

E outra opção, talvez mais fácil de aplicar no dia a dia, é a reavaliação dos hábitos de consumo. O interessante é perceber como os gastos com a sua cesta de produtos podem ser administrados com o objetivo de economizar um pouquinho no final do mês.

Existe algum investimento no C6 Bank que se beneficia da alta da inflação?

O C6 Bank, banco completo e preparado para ajudar em situações adversas, pode proteger o seu dinheiro da inflação. Aqui, você encontra investimentos que são beneficiados pela alta da inflação.

CDB IPCA+

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDB) são emitidos pelo banco e se classificam enquanto investimentos de renda fixa. Investidores com perfil conservador têm muito a ganhar com esse tipo de produto, mas, de modo geral, aqueles que desejam uma rentabilidade que não seja fortemente impactada pela alta do IPCA também podem começar a investir nesse produto.

Além disso, atualmente, no C6 Bank você encontra sete diferentes opções, que contam com prazos variados de liquidez. O valor mínimo de aporte é de R$ 100, o que, consequentemente, faz com que esse seja um produto mais acessível quando comparado a outros tipos de investimento.

Porém, vale ressaltar que colocar todo o seu dinheiro em investimentos atrelados a inflação não é o caminho. A dica é pensar a longo prazo. Isso porque é possível que o IPCA diminua, consequentemente, a rentabilidade do investimento atrelado ao índice também diminui.

Nesse sentido, uma carteira de investimentos diversificada, com aplicações em renda fixa e variável, se apresenta como a melhor alternativa para se manter protegido. Felizmente, no aplicativo do C6 Bank você encontra uma variedade de produtos que podem ajudar na construção de uma carteira diversa e segura na medida certa.

Com o C6 TechInvest, você pode montar a sua carteira com ativos nacionais e internacionais. Agora se você deseja uma assessoria de investimentos, o C6 Invest é o mais recomendado.

A inflação é um fenômeno econômico cíclico

A inflação de 2022, sem dúvidas, enfrenta um momento de alta, o que impacta os brasileiros de forma generalizada. Entretanto, as dificuldades encontradas atualmente não se aproximam de um cenário de hiperinflação. E é possível ser otimista e vislumbrar um IPCA que não seja composto por dois dígitos.

A memória inflacionária e o consequente medo nacional podem impedir que algumas pessoas utilizem a alta do índice de compras como uma aliada. Mas é um fato: é possível proteger o seu bolso.

Além disso, ela é um fenômeno econômico que pontua o quanto as economias mundiais caminham juntas, mesmo que de formas muito distintas. É também um grande demarcador das desigualdades sociais. Sem contar que, é possível perceber que o funcionamento da sociedade como um todo pode impactar o desenvolvimento econômico do país.

Nesse sentido, é importante que muitos agentes sociais se movimentem em busca de construir uma economia saudável, com preços de produtos estáveis. Os esforços do Banco Central, sem o auxílio do setor público, não são suficientes para frear o aumento de preços generalizado.

Da mesma forma que é essencial que a população brasileira tenha um contato maior com a economia. Não somente para ampliar o leque de conhecimentos, mas também para conseguir agir ativamente na proteção do próprio dinheiro.

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Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.