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O que é inflação pessoal?

A inflação pessoal permite a análise da variação do seu poder de compra de forma mais precisa, podendo impactar seus investimentos e planejamento financeiro

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Mulher grisalha com folha na mão e calculadora na mesa fazendo o cálculo da sua inflação pessoal
Saiba do que se trata o conceito de inflação pessoal

A inflação é um dos indicadores mais importantes da economia de um país. Ela representa a alta nos preços de produtos e serviços, além de ter um papel importante na definição do poder de compra de uma população. No entanto, é verdade que nem todo indivíduo a sente da mesma forma: é aí que entra o conceito de inflação pessoal.

Entender como a inflação afeta especificamente o seu orçamento, seus investimentos e principalmente o seu padrão de vida é essencial para que você consiga aprimorar seu planejamento financeiro cada vez mais, além de manter uma vida financeira saudável. Pensando nisso, o C6 Bank preparou este texto para esclarecer todas as dúvidas. Nele, você encontrará respostas para as seguintes questões:

  • O que é inflação pessoal?
  • Qual a diferença entre inflação pessoal e inflação oficial?
  • Qual a importância de saber a inflação pessoal?
  • Como calcular a inflação pessoal?
  • Como a inflação pessoal impacta os investimentos?
  • Qual o impacto da inflação pessoal no planejamento financeiro?
  • Como investir no C6 Bank e se proteger da inflação pessoal?

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O que é inflação pessoal?

A inflação pessoal é um conceito que busca analisar como a inflação afeta cada pessoa ou família. Ela não é um índice oficial calculado por alguma instituição, mas pode ser mensurada de maneira individual a partir das suas despesas mensais, que representam os produtos que cada consumidor de fato consome.

Para entender melhor o conceito, pense na diferença entre os gastos de uma pessoa com filhos, que precisa pagar pela escola, materiais escolares e mais produtos no supermercado, e os de uma pessoa sem filhos, que não arca com tais custos. A tendência é que a segunda pessoa sinta menos – ou nem sinta – eventuais avanços nos preços dessas despesas, ou seja, tenha uma inflação pessoal menor.

Inflação pessoal e inflação oficial: qual a diferença?

A inflação oficial é um índice único, com um valor objetivo para cada economia analisada. No Brasil, ela é calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, e representa a alta nos preços de produtos e serviços de forma generalizada.

Em junho de 2022, o IPCA acumulado dos últimos 12 meses foi de 11,89%, segundo o IBGE. Na prática, isso significa que, durante o período analisado, os preços da cesta de produtos e serviços utilizada para o cálculo – definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), também do IBGE – aumentaram 11,89%.

Essa cesta de produtos leva em conta despesas com alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, gastos pessoais, educação e comunicação. A população analisada para o cálculo, por sua vez, é aquela que possui uma renda mensal de 1 a 40 salários-mínimos. Ou seja: a POF considera um consumidor bastante amplo, próximo da média nacional, não necessariamente representando as suas despesas ou a da sua família.

A inflação pessoal, portanto, segue uma premissa similar, mas tem o objetivo de tornar o cálculo ainda mais exato, levando em conta as suas despesas específicas. Um exemplo simples é pensar em como o aumento no preço dos combustíveis faz bem menos diferença para quem só anda de transporte público do que para quem usa o carro para se locomover. 

Qual a importância de saber a inflação pessoal?

Como dissemos, os itens que você consome todos os dias podem ser bem diferentes da média nacional, o que significa que a forma como a inflação impacta o seu bolso pode diferir do impacto em outros setores da população.  

Ao mesmo tempo, nem sempre o orçamento vai acompanhar as oscilações inflacionárias. Em função disso, entender com precisão as flutuações no seu poder de compra é muito importante para um melhor gerenciamento das despesas e, principalmente, para um aprimoramento no planejamento financeiro familiar.

Dependendo de como a inflação pessoal afetar você ou a sua família, talvez seja necessário rever gastos, buscar formas alternativas de renda ou implementar até mesmo mudanças mais drásticas no estilo de vida. Portanto, para que isso seja feito sem surpresas, o primeiro passo é calcular a sua inflação pessoal.

Como calcular a inflação pessoal?

A lógica é a mesma aplicada pelo IBGE no cálculo do IPCA: o consumidor deve anotar todas as suas despesas por pelo menos dois meses, a fim de visualizar quanto e em quais itens está gastando mais.

Para isso, você pode utilizar os mesmos critérios do IPCA, mas caso queira uma análise ainda mais detalhada, o C6 Bank preparou uma planilha em que você pode registrar os seus gastos de forma completa:

Planilha com grupos de despesa para que o usuário calcule seu custo de vida e sua inflação pessoal

Após fazer esse registro por ao menos dois períodos (meses, trimestres, semestres, anos), você precisará somar as despesas de todos os grupos ao longo de um período. Na sequência, faça a mesma coisa com o outro período com o qual será feita a comparação.

Tendo esses números em mãos, basta calcular o percentual de aumento entre as somas. O resultado será a sua inflação pessoal. Por exemplo: se em maio de 2022 o total dos seus gastos foi de R$ 20.000 e, junho do mesmo ano, R$ 23.000, isso significa que houve uma inflação pessoal de 15%.

Como a inflação pessoal impacta os investimentos?

De forma geral, quanto maior for a inflação, menor será a rentabilidade real de um investimento. Isso porque, com a elevação dos preços, acontece uma desvalorização da moeda. Você provavelmente já ouviu – ou até mesmo falou – que R$ 100 em 2002 compravam muito mais coisas do que R$ 100 em 2022 – e é verdade, mesmo sendo tecnicamente a “mesma quantia”.

A relação desse assunto com os investimentos, por sua vez, vem do fato de que muitos investidores, especialmente os menos experientes, podem sentir que estão tendo uma boa rentabilidade, mesmo quando estão efetivamente perdendo poder de compra.

Pense da seguinte forma: imagine que você é um investidor com uma aplicação que tem 7% de juros ao ano. Na realidade, ela não rende tudo isso: ao ser descontada a inflação, seus ganhos reais são menores do que o estimado inicialmente.

Em determinados cenários, especialmente no longo prazo, é possível que o ganho nominal seja até mesmo inferior à variação da sua inflação pessoal, fazendo com que você perca poder de compra. Um patrimônio que rende 2% ao ano abaixo da inflação pessoal pode não despertar grandes preocupações ao final de um ano, mas após 20 anos representará um impacto muito relevante.

Isso não significa necessariamente deixar de investir em produtos de investimento não atrelados à inflação – no entanto, não é recomendado investir somente neles. Deve-se buscar uma diversificação completa de investimentos, de acordo com os seus objetivos pessoais e perfil de risco.

Qual o impacto da inflação pessoal no planejamento financeiro?

A inflação pessoal, como mencionamos, é um dado que indica com grande precisão as mudanças sofridas no seu poder de compra. Na prática, é como se você passasse, entre um período e outro, a ter menos dinheiro.

No contexto de um bom planejamento financeiro, ter essa noção é extremamente importante. O fundamento de qualquer boa gestão é, primeiramente, entender qual é o seu orçamento: de onde o dinheiro vem, para onde ele vai.

Por isso, ao saber como a inflação pessoal está afetando seus hábitos de consumo, fica mais fácil tomar boas decisões a respeito de como administrar o seu dinheiro, reduzindo gastos nos grupos da sua planilha de custo de vida em que houve maior inflação, por exemplo.

Para quem incluiu algum tipo de meta no planejamento, mensurar esse impacto é ainda mais importante. Se você está poupando uma determinada quantia todo mês, por exemplo, é positivo saber o quanto sua inflação pessoal impacta esse objetivo: talvez seja necessário guardar um pouco menos temporariamente, ou pode ser que em outras ocasiões você consiga poupar uma quantia maior.

Como investir com o C6 Bank e se proteger da inflação pessoal?

A grande dica para maximizar a rentabilidade dos seus investimentos e se proteger da inflação pessoal é: diversifique. Uma carteira bem diversificada fica menos exposta a riscos, reduzindo ainda mais a chance de diminuição do seu poder de compra no longo prazo.

Para isso, sugerimos usar o C6 TechInvest. Com ele, você não precisa se preocupar com notícias, cotações e balanços. Nosso algoritmo, com o auxílio de nossos especialistas e tecnologia, monitora constantemente as mudanças do mercado, ajustando automaticamente a carteira de investimentos que monta para você em busca da melhor rentabilidade. As opções são bastante diversas: renda fixa, renda variável, ações, cambiais, multimercados, criptomoedas ou até mercados futuros – a escolha é sua.

Agora você sabe como a inflação pessoal é de importante compreensão, bem como o impacto que ela tem tanto nos seus investimentos quanto no seu planejamento financeiro. Além disso, também viu como o C6 Bank pode te ajudar a se proteger desse fenômeno, não só prevenindo prejuízos, mas também maximizando os seus ganhos.

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