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O que você precisa saber antes de comprar um imóvel em 2022

É preciso fazer algumas contas para saber se o momento é favorável para dar esse passo tão importante

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Casal desfocado ao fundo segura um chaveiro em formato de casa

Todo mundo quer casa – mas a decisão de comprar um imóvel não é nada trivial. É preciso fazer algumas contas para saber se o momento é favorável para dar esse passo tão importante. E uma variável que merece ser especialmente levada em conta é a taxa de juros.

A partir de 2020, a taxa básica de juros (Selic) foi sendo desidratada até cair à mínima histórica de 2% ao ano. Isso escancarou as portas do mercado imobiliário para um grande número de consumidores, que puderam embarcar no sonho da casa própria com taxas bem mais acessíveis, de cerca de 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o investimento em imóveis passou a fazer sentido para muita gente, já que o retorno proporcionado pelos aluguéis era mais generoso que o que seria possível obter na renda fixa.

Mas o cenário macroeconômico mudou bastante de lá para cá e, em resposta à inflação cada vez mais alta, o Banco Central passou a reajustar para cima a Selic, que hoje está em 10,75% ao ano.

Veja o que é preciso considerar antes de comprar um imóvel:

Como está o clima do mercado imobiliário neste momento?

O mercado imobiliário deu um salto que começou na metade de 2020, quando havia passado o choque inicial da pandemia e a taxa básica de juros estava em franco declínio. A primeira metade de 2021 foi de continuidade dessa tendência, o que ajudou os financiamentos a encerrarem o ano com alta de 29%.

Com a disparada da inflação, que corroeu o poder de compra das famílias, e as elevações da taxa de juros, que encareceram os financiamentos, o clima começou a azedar no segundo semestre do ano passado.

Na classe média, fora do âmbito do programa Minha Casa Minha Vida, a compra depende muito de uma renda adequada, e a renda de muitos profissionais não acompanhou a variação da inflação, o que fez o interesse por imóveis diminuir.

Como o ciclo de construção residencial é relativamente longo, os empreendimentos que foram gestados no cenário de 2019 e 2020 começaram a ficar prontos só agora, o que aumentou muito os estoques.

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O momento é bom para o comprador?

Mesmo com a demanda em baixa, não será tão fácil para o comprador conseguir um desconto. O aumento dos custos de material de construção foi expressivo – o INCC, índice que reflete essa variação, saltou de 7% para 14%. Além disso, também subiram os custos de financiamento das construtoras, que são baseados no IPCA ou no CDI, ambos em ascensão. Tudo isso acabou comprimindo demais as margens dessas empresas, que ficaram sem muita gordura para ceder em uma negociação.

Negociar será mais fácil para quem tiver na mão uma boa parte do valor do imóvel. Se este for o seu caso, o ideal é procurar imóveis em fase final de construção. A construtora fica mais maleável porque, quando o empreendimento for entregue, ela terá que pagar as taxas de condomínio das unidades que não forem vendidas.

Não tem jeito: com a taxa Selic em pleno ciclo de alta, os juros dos financiamentos também sobem. Mas ainda que as taxas já não sejam mais tão convidativas como antes, para quem está pensando em comprar e terá que financiar, este é o melhor momento, já que elas tendem a subir ainda mais ao longo do tempo.

A orientação é pesquisar em 3 ou 4 instituições financeiras, inclusive envolvendo a construtora na negociação.

Como investir em FIIs pelo C6 Bank?

Os FIIs são fundos de investimento imobiliário, que utilizam seus recursos para comprar ou construir imóveis e lucrar com o aluguel e a venda dessas propriedades.

Para negociar esses ativos, basta acessar o app, tocar em “C6 Invest” na tela inicia, em seguida “Renda Variável” e selecionar a opção desejada.

Ainda não está usando o C6 Bank? Baixe o app, abra sua conta digital, peça seu cartão sem anuidade (sujeito a análise) com a cor que quiser e aproveite um banco completo com tudo em um só app.

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