Leitura de 15 min

Resumo semanal: Xi Jinping consolida poder na China

Confira as principais notícias da semana, segundo a avaliação da equipe econômica do C6 Bank

Atualizado em

C6 Bank Felipe Salles. Foto: Germano Lüders

Confira as principais notícias da semana (24/10-28/10), segundo a avaliação da equipe econômica do C6 Bank. Leia a íntegra do relatório.

Internacional

Estados Unidos: inflação elevada desafia o Fed

A inflação americana subiu em setembro, em linha com o esperado, mas segue elevada. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) acelerou 0,3% em relação ao mês anterior, segundo dados do Departamento do Comércio americano. O índice acumula alta de 6,2% nos últimos doze meses, com destaque para o preço de energia (20,3%) e alimentos (11,9%). O núcleo do indicador, que exclui esses itens, subiu 0,5% no mês e 5,1% em doze meses, bem acima da meta de 2% do Banco Central.

O PIB cresceu 2,6% no 3T22 em relação ao trimestre anterior, anualizado e com ajuste sazonal, de acordo com a primeira estimativa do Departamento do Comércio americano. A expansão veio conforme esperado, depois de contração nos dois trimestres anteriores, e ocorreu em razão de forte contribuição da balança comercial. 

A atividade, no entanto, segue desacelerando. As prévias dos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) do mês de outubro indicaram contração e diminuíram em relação ao mês anterior. O PMI composto, que inclui o setor de manufaturas e serviços, caiu 2,2 pontos para 47,3, em razão de piora no setor de serviços e manufaturas. Houve queda na demanda em ambos os setores, e a geração de emprego mostra contração pela primeira vez desde junho de 2020. No detalhe, o PMI de serviços diminuiu 2,7 pontos para 46,6 e o PMI de manufaturas diminuiu 2,1 pontos para 49,9.

Os pedidos de bens de capital (excluindo aeronaves e equipamentos de defesa) diminuíram em setembro, segundo o Departamento do Comércio, possivelmente sinalizando cautela das empresas em investir. Apesar da retração, o indicador permanece acima do nível pré-pandemia.

O setor imobiliário segue em forte retração. As vendas de moradias novas caíram 10,9% em setembro em relação ao mês anterior, segundo o Departamento do Comércio; o índice acumula queda de 28% no ano.  Os preços de casas diminuíram 0,7% em agosto, segundo mês consecutivo de queda, após vários meses de contração nas vendas, segundo a Agência Federal de Financiamento da Habitação (FHFA, na sigla em inglês). O setor imobiliário já tem sentido há algum tempo os efeitos da política monetária mais restritiva do Banco Central americano.

A renda das famílias aumentou 0,4% em setembro, em razão de aumentos de salários, enquanto os gastos com consumo subiram 0,6%. Houve maior aumento de gastos com serviços, enquanto gastos com bens subiram moderadamente, segundo dados do Departamento do Comércio.

A confiança do consumidor piorou em meio a expectativas de inflação levemente maiores e percepção de menor facilidade em conseguir emprego. O índice do Conference Board diminuiu 5,3 pontos em outubro para 102,5, depois de duas altas seguidas. A perspectiva para a inflação de 1 ano voltou para 7% (estava em 6,8% no mês anterior), seguindo elevada. A percepção quanto à facilidade de conseguir emprego diminuiu 5,6 pontos, depois de máxima histórica alcançada em março deste ano.

O mercado de trabalho segue aquecido. Em relatório semanal, os pedidos iniciais de seguro-desemprego seguem em níveis baixos para padrões históricos, em 217 mil na semana encerrada em 22 de outubro, 3 mil acima da semana anterior. Os custos do trabalho desaceleraram no 3T22 em relação ao período anterior, subindo 1,2%, segundo o Departamento do Trabalho.

Europa: BCE sinaliza menores aumentos de juros à frente

O Banco Central Europeu (BCE) aumentou juros em 75 pontos-base, conforme esperado, elevando a taxa de depósito para 1,5% – maior nível desde 2009. Este foi o segundo aumento dessa magnitude e o terceiro consecutivo. Apesar do aumento significativo, o comunicado do banco foi mais suave ao mencionar que um progresso substancial no sentido de retirar acomodação da política monetária já foi alcançado. Aumentos futuros são esperados, mas as magnitudes serão definidas a cada reunião e dependerão dos dados, conforme já anunciado anteriormente. A presidente do banco, Christine Lagarde, disse que membros do BCE ainda não sabem até que ponto precisarão elevar os juros e comentou que a redução do balanço patrimonial do banco será discutida na próxima reunião em dezembro.

A atividade contraiu pelo quarto mês consecutivo em outubro, de acordo com as prévias dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês). O índice foi para o menor nível desde 2013, exceto por curto período no início de 2020 durante lockdowns. Houve queda na demanda, mas os empregos permaneceram resilientes. A pressão de preços continua, principalmente de energia, pesando sobre empresas. Tanto o PMI de manufaturas quanto o de serviços diminuíram e continuam abaixo de 50 pontos. O PMI de serviços caiu 0,6 ponto, para 48,2, o de manufaturas diminuiu 1,8 ponto, para 46,6, sendo mais afetados os setores intensivos em energia; o índice de manufaturas permaneceu em território contracionista pelo quarto mês consecutivo. Houve queda no índice composto reportado pela Alemanha (44,1 pontos, quarto mês consecutivo em contração), enquanto na França o índice diminuiu moderadamente (50 pontos), com resiliência do setor de serviços.

A confiança na economia (índice de sentimento econômico, calculado pela Comissão Europeia) diminuiu 1,1 ponto em outubro para 92,5. O índice reflete uma piora na confiança do setor de serviços e da indústria, enquanto a confiança do consumidor permaneceu próxima ao mínimo histórico em meio a uma inflação elevada e preocupações com fornecimento de energia.

O conflito entre Rússia e Ucrânia se estende e entrou no nono mês. Bombardeios russos continuam destruindo infraestrutura de energia ucraniana. Operador da rede elétrica no país tem limitado o fornecimento para várias regiões. Contraofensivas ucranianas continuam na tentativa de afastar russos de parte de territórios anexados no leste do país. Ajuda militar e financeira à Ucrânia continua por parte dos países aliados. O conflito entre Rússia e Ucrânia se estende por mais tempo do que era previsto.

Os preços das commodities seguem com alta volatilidade. Entre os dias 21 e 27 de outubro, o preço do petróleo subiu moderadamente. Autoridades americanas desistiram de plano para limitar o preço do petróleo russo diante de ceticismo do mercado e de esforços para conter a inflação. O gás natural diminuiu significativamente em meio a contínua formação de estoques no continente europeu e temperaturas mais amenas. Os grãos permaneceram praticamente estáveis na semana, mas seguem pressionados por um possível fim do acordo de exportação entre Rússia e Ucrânia em meados de novembro.

No Reino Unido, um novo primeiro-ministro, Rishi Sunak, foi apontado como substituto de Liz Truss, depois da renúncia da primeira-ministra, em meio a turbulências causadas por seu plano fiscal. Escolhido pelos membros do partido conservador, Sunak, assumiu o cargo prometendo recuperar confiança da população. Ao definir equipe de governo, o primeiro-ministro manteve o ministro das finanças, Jeremy Hunt, escolhido ainda no governo de Truss para ajustar seu plano fiscal. Um novo plano fiscal será anunciado em 17 de novembro e será acompanhado por projeções do Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês), órgão independente do governo. A validação do OBR ajudará a dar credibilidade na sustentabilidade fiscal do novo plano.

A prévia do PMI inglês sinalizou contração pelo terceiro mês consecutivo, com manufaturas e serviços se mantendo abaixo de 50 em outubro. O PMI de manufaturas diminuiu 2,6 pontos para 45,8 e o PMI de serviços diminuiu 2,5 pontos para 47,5. A demanda continuou fraca, a produção caiu moderadamente e preços de insumos diminuíram em razão de menor pressão de preços de commodities. No entanto, a criação de emprego continuou forte.

China: Xi Jinping consolida sua liderança

Após evento quinquenal do partido comunista, XX Congresso Nacional, que terminou no fim da semana passada, novos líderes foram apontados para os próximos 5 anos ou mais. O presidente Xi Jinping garantiu um terceiro mandato de 5 anos, conforme esperado. Além de Xi Jinping, mais 6 membros do partido foram indicados para o novo Comitê Permanente do Politburo (CPP), órgão de liderança máxima do país. No novo CPP apenas aliados de Xi foram selecionados, o que fortalece seu poder e visão de futuro. Com isso, mais intervenção do Estado na economia é esperada. A política de Covid zero deve continuar por mais tempo e a visão de prosperidade comum ganha força. Um novo primeiro-ministro e formuladores de políticas econômicas serão apontados em março durante o Congresso Nacional do Partido. Xi é o segundo líder a permanecer por mais de dois períodos à frente da China, apenas Mao Tsé-Tung, fundador da República Popular da China, alcançou tal feito.

O quadro de Covid-19 piorou na semana com número de casos diários superando a média da semana anterior e ultrapassando 1.000. O número de áreas de risco aumentou e segue elevado, o que significa que restrições à mobilidade aumentaram em várias áreas. A política de Covid zero adotada pelo país mantém um controle rigoroso sobre a circulação de pessoas quando casos aumentam, o que traz dificuldades para a economia. Um confinamento parcial foi anunciado em Wuhan até 30 outubro. Quase 30 cidades estão com algum grau de confinamento restrito.

O PIB teve crescimento de 3,9% no 3T22 comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês). O avanço veio depois de uma quase estagnação no 2T22, quando o desempenho da economia foi afetado por surtos de Covid-19 em grandes centros e confinamentos em várias cidades, como em Xangai.

A atividade apresentou sinais mistos em setembro, segundo dados do Escritório Nacional de Estatística (NBS, na sigla em inglês). A produção industrial acelerou e expandiu 6,3% frente ao mesmo mês do ano anterior, com forte desempenho em setores associados a alta tecnologia e manufaturas. Apesar da melhora, a produção de chips e microcomputadores contraiu, possivelmente refletindo restrições à tecnologia impostas pelos Estados Unidos desde agosto. As vendas no varejo cresceram modestos 2,5%, refletindo menor mobilidade interna associada a surtos de Covid-19. A taxa de desemprego urbano voltou a subir de 5,3% para 5,5% e permanece elevada entre jovens (17,9% na faixa de 16 a 24 anos).

O investimento em ativos fixos (FAI, na sigla em inglês) acelerou para 6,5% nos nove primeiros meses do ano frente ao mesmo período do ano anterior. Os investimentos em infraestrutura e em manufaturas seguem aumentando. No entanto, investimentos imobiliários continuam contraindo em razão de dificuldades enfrentadas pelo setor. As vendas de imóveis residenciais tiveram queda de 28,6% no período. O preço médio de casas novas em 70 cidades chinesas continuou cedendo, diminuindo 0,3% em setembro frente ao mês anterior e completando pouco mais de 1 ano de quedas consecutivas do índice.

O lucro da indústria contraiu 2,3% nos nove primeiros meses do ano até setembro frente ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Escritório Nacional de Estatística. O resultado reflete maior lucro em setores de mineração e produção de matérias-primas, enquanto manufaturas continuaram sentindo pressão de custos.

Brasil

Focus: expectativa de inflação para 2024 registrou leve alta

A projeção para o IPCA apresentou queda para 2022 (de 5,62% para 5,60%) e para 2023 (de 4,97% para 4,94%), enquanto para 2024 houve leve alta (de 3,43% para 3,50%). O número esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) registrou leve alta tanto para 2022 (de 2,71% para 2,76%) quanto para 2023 (de 0,59% para 0,63%). A taxa Selic ficou estável em 13,75% para o final deste ano, em 11,25% para 2023 e em 8% para 2024. As projeções estão no Boletim Focus, relatório do Banco Central que reúne a expectativa das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos do país.

Atividade: taxa de desemprego em queda

A taxa de desemprego da PNAD Contínua no trimestre terminado em setembro veio em linha com o esperado pelo mercado e por nós, atingindo 8,7%. Na série com nosso ajuste sazonal, a taxa de desemprego caiu de 8,9% para 8,8% no trimestre terminado em setembro. A taxa apresentou um recuo acentuado desde o pico em dezembro de 2020 (15%), refletindo principalmente a recuperação do PIB de serviços. A pesquisa mostra continuação da retomada da ocupação e leve alta na população economicamente ativa (PEA) no mês. O crescimento da economia até agora foi suficiente para levar a taxa de desemprego para níveis próximos do neutro. O indicador reforça o cenário de que a inflação deve cair a passos lentos. A taxa deve andar de lado até o final do ano, mas voltar a subir no ano que vem em função da desaceleração da atividade econômica. O rendimento médio real habitual registrou nova alta no mês (1,4%), mas segue em patamar deprimido. A massa salarial real habitual mostra forte expansão nos últimos meses, impulsionada principalmente pela recuperação do emprego.

Deflação: IPCA-15 de outubro volta a registrar inflação no mês

O IPCA-15 de outubro registrou alta de 0,16%, maior que o esperado pelo mercado (+0,09%) e por nós (+0,04%). O índice acumula alta de 6,85% na variação em 12 meses e mostra desaceleração. A queda do preço da gasolina continuou contribuindo negativamente para a inflação do mês (-0,29%). A média dos núcleos da inflação calculada pelo BCB, uma medida mais limpa da tendência dos preços, está registrando desaceleração, mas segue em patamar elevado, acumulando alta de 9,8% em 12 meses. A inflação de serviços acumula alta de 8,3% e a de bens industriais de 11%. Ambos os segmentos devem desacelerar a passos lentos.

O IGP-M registrou queda de 0,97% em outubro, abaixo da expectativa do mercado, e acumula alta de 6,52% em 12 meses. A composição dos índices de atacado mostrou o IPA agrícola com queda de 1,47% frente à queda de 0,99% no mês anterior. O núcleo do IPA industrial – que inclui apenas os itens relacionados à inflação de bens industriais do IPCA, excluindo alimentos, combustíveis e minério de ferro – registrou deflação de 0,72% ante retração de 0,12% em setembro. A queda dos preços das commodities está puxando esse componente para baixo. No acumulado em 12 meses, o núcleo dos bens industriais está em 8,9% e o IPA agrícola em 4,6%.

Nossa projeção de IPCA é de 5,6% para 2022 e de 5,7% para 2023.

Fiscal: governo central registra superávit em setembro

O resultado do governo central referente ao mês de setembro foi de superávit de R$ 11 bi. O dado de arrecadação fiscal segue sólido. Em 12 meses, o governo central acumula superávit de 0,9% do PIB. Projetamos resultado primário do setor público consolidado de 1,1% do PIB para 2022 e de déficit de 2% para 2023.

Política monetária: Copom mantém Selic em 13,75% conforme esperado

O Banco Central do Brasil (BCB) confirmou as expectativas e manteve a taxa Selic em 13,75% nesta quarta-feira. O comunicado do Copom não trouxe grandes novidades. O Comitê afirmou que se “manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

A projeção de inflação do BCB no cenário de referência se manteve em 5,8% para 2022, subiu de 4,6% para 4,8% para 2023 e passou de 2,8% para 2,9% para 2024. Este cenário supõe trajetória de juros que permanece em 13,75% até o final de 2022, reduz-se para 11,25% ao final de 2023 e para 8% ao final de 2024. O Comitê “optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários”. A projeção para este período no modelo do BCB está em 3,2%.

O Comitê afirmou que “irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.” De fato, as projeções da Pesquisa Focus encontram-se acima das metas em 2022 (5,6% versus 3,5%), 2023 (4,94% versus 3,25%) e 2024 (3,5% versus 3%). O Comitê enfatizou “que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.” Ou seja, o Comitê deixou a porta aberta para voltar a subir juros, caso necessário, mantendo uma postura mais dura no seu discurso. 

Mantemos nossa visão que, após um período de manutenção dos juros no nível atual, o passo seguinte deve ser de flexibilização da política monetária. A projeção do IPCA do BCB supõe reversão em 2023 de algumas medidas tributárias adotadas recentemente. Acreditamos que essa reversão não irá acontecer, o que, na nossa visão, pode reduzir as projeções de IPCA do BCB em torno de 90 pontos-base em 2023 e, via inércia, 30 pontos-base em 2024.

Em resumo, acreditamos, por ora, que a comunicação e as projeções do BCB são condizentes com a manutenção da taxa Selic em 13,75% por algum tempo, seguida do início de um ciclo de queda de juros no segundo trimestre de 2023. Aguardamos a ata da reunião, que será divulgada na próxima terça (1), para termos mais detalhes sobre os rumos futuros da política monetária.

Equipe Econômica C6 Bank

Felipe Salles Head
Claudia Moreno Head Brasil
Claudia Rodrigues Head Internacional
Felipe Mecchi Internacional
Heliezer Jacob Brasil

Este relatório foi preparado pelo Banco C6 S.A.

Os números contidos nos gráficos de desempenho referem-se ao passado; o desempenho passado não é garantia de resultados futuros.

Cada analista de Macro Research é o principal responsável pelo conteúdo deste relatório e atesta que:

(i) todas as opiniões expressas refletem com precisão suas opiniões pessoais e eventual recomendação foi elaborada de forma independente, inclusive em relação ao Banco C6 S.A. e / ou suas afiliadas;

(ii) nenhuma parte de sua remuneração foi, está ou estará, direta ou indiretamente, relacionada a quaisquer recomendações específicas realizadas pelo analista.

Parte da remuneração do analista vem dos lucros do Banco C6 S.A. e / ou de suas afiliadas e, consequentemente, as receitas decorrem de transações mantidas pelo Banco C6 S.A. e / ou suas coligadas.

Este relatório foi preparado pelo Banco C6 S.A., uma instituição regulada por autoridades brasileiras.

O Banco C6 S.A. é responsável pela distribuição deste relatório no Brasil.