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Ações: como ter na carteira sem investir diretamente na Bolsa?

Pensando em investir em renda variável? Saiba como ter ações na carteira sem investir diretamente na Bolsa

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Mulher negra mexendo em um notebook. Veste um cardigã bege. Na mesa em que o notebook está apoiada existem copos e itens de papelaria. A mulher sorri, simbolizando que aprendeu a como investir em ações.

É comum que o investidor tenha que sair da zona de conforto e buscar alternativas para ampliar a rentabilidade do portfólio. É neste momento que muitas pessoas começam tentar entender como as compras de ações funcionam.

Comprar ações pode ser desafiador para quem não tem tempo ou conhecimento suficiente para avaliar uma empresa e seus resultados. Nesse caso, um caminho mais seguro é comprar cotas de fundos que tenham ações na carteira.

Vários produtos podem cumprir essa finalidade: fundos de ações, fundos de fundos e fundos multimercado. Há, ainda, os ETFs, que também compram ações, mas com a meta de reproduzir a variação de um índice. Vamos falar sobre todos esses caminhos.

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Quais são as vantagens desses produtos?

A principal é a gestão profissional. Ao comprar cotas de um fundo, o investidor está delegando a um gestor o trabalho de curadoria das empresas e escolha das ações. Atento ao cenário macroeconômico, às perspectivas de cada setor e aos resultados das empresas, ele fará ajustes constantes na carteira, comprando e vendendo ações, com o objetivo de entregar a melhor rentabilidade aos cotistas.

Os tíquetes iniciais desses produtos diminuíram muito e hoje alguns chegam a R$ 100. Isso permite obter diversificação a um custo baixo.

Outra vantagem dos fundos sobre as ações é a simplificação tributária.

Como começar a investir em ações?

Aos poucos. Afinal, você estará entrando em investimentos sujeitos a oscilações maiores que as da renda fixa e precisa testar sua tolerância a isso. 

Enquanto investidores de perfil moderado podem ter cerca de 20% da carteira em renda variável, os conservadores devem se limitar a 5%.

Como funcionam os fundos de ações? 

Nos fundos mais simples, do tipo long only, o gestor compra ações e aposta na valorização: se os papéis subirem, o fundo terá lucro. 

Há também os fundos com estratégia long short, que permitem operações short, nas quais o gestor aluga uma ação para vender no mercado e recomprar a um preço menor, tendo lucro. E os long biased, em que predominam as operações de compra, mas pode haver posições vendidas em momentos de baixa do mercado.

Como funcionam os fundos de fundos?

Aqui, o que o gestor compra não são ações, mas cotas de outros fundos de investimentos (que podem ser fundos de ações). Assim, o que você está terceirizando não é a escolha das empresas, mas o trabalho de curadoria de outros gestores.

Uma vantagem interessante do FoF é que ele consegue comprar cotas de fundos aos quais o investidor de varejo não tem acesso. São fundos voltados a investidores institucionais, como fundos de pensão ou do segmento private, com tíquete inicial elevado.

Aqui, o principal inconveniente é que as taxas dos FoFs são mais altas que as dos fundos de ações.

E os fundos multimercado?

Como o próprio nome sugere, na cesta desses fundos cabem múltiplas classes de ativos, como renda fixa, moedas estrangeiras, ouro e ações. Dentro da política de cada fundo, o gestor fará as escolhas que entender mais adequadas para o momento – o que garante exposição diversificada para o investidor.

Os ETFs são uma boa?

Depende. O escopo deles é limitado: entregar ao investidor a variação de um determinado índice, como o Ibovespa ou o S&P 500. Para isso, o gestor vai comprar as mesmas ações que fazem parte desse indicador, na mesma proporção. É, portanto, uma gestão passiva.

Aí reside o principal inconveniente do ETF: não há um trabalho do gestor de perseguir a melhor rentabilidade. A missão do ETF é unicamente espelhar do índice escolhido, subindo e caindo com ele. Mas essa simplicidade pesa menos no bolso do investidor.

E as carteiras recomendadas?

 Algumas corretoras montam mês a mês uma carteira teórica com os papéis que consideram mais vantajosos no momento. Ao seguir a recomendação à risca e comprar as ações sugeridas, você estará, em última análise, delegando o trabalho de escolha para outras pessoas – o time de analistas da corretora. Não deixa de ser um caminho.

Nesse caso, você não precisará pagar por essa curadoria, como faria ao pagar a taxa de administração de um fundo. Mas terá que pagar os custos de corretagem.

Como escolher a gestora?

Definido o tipo de fundo, você terá de escolher de qual gestora irá comprá-lo. Observe se ela obteve resultados consistentes, ainda que eles possam não se repetir no futuro.

Não deixe de examinar a estratégia de investimentos do fundo, para ver se ela se encaixa em seus objetivos financeiros e no seu perfil de risco.

Veja também a liquidez do fundo (em quanto tempo você recebe os recursos ao resgatar?) e as taxas.

Quando reavaliar os resultados e mexer na carteira?

Acompanhe os resultados mês a mês, e não de forma isolada: compare com outros fundos parecidos e com a variação do Ibovespa.

Isso não quer dizer que você deva mexer na carteira todo mês. É preciso dar tempo (pelo menos um ano) para o investimento maturar. Lembre-se de que o horizonte das ações é de longo prazo.

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