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Qual a melhor forma de pagar um financiamento imobiliário?

A amortização é uma forma de reduzir os juros que incidem sobre as prestações do financiamento imobiliário

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homem e mulher vistos de cima usam calculadora e papéis para calcular quanto pagar na amortização do financiamento imobiliário
Amortizar um financiamento imobiliário pode ajudar a quitar a dívida mais rapidamente

Um financiamento imobiliário costuma ser um processo longo, levando anos ou mesmo décadas para terminar de ser pago. As taxas de juros, por sua vez, tornam essa jornada custosa, o que faz com que muitas pessoas busquem formas de concluir o financiamento em um prazo menor.

Foi com isso em vista que o C6 Bank preparou este post. Nele, queremos discutir a melhor forma de pagar um financiamento imobiliário, bem como tirar uma série de dúvidas relacionadas ao tema. Serão abordados os tópicos abaixo:

  • Como funciona o financiamento imobiliário?
  • Como pagar um financiamento imobiliário?
  • 1. Amortizar o financiamento
  • Como reduzir o valor das parcelas?
  • Como baixar os juros de um financiamento imobiliário?
  • 2. Fazer uso do FGTS
  • 3. Fazer uso do décimo terceiro ou férias
  • O que é IPCA no financiamento imobiliário?
  • O que vale mais a pena: quitar o financiamento ou investir o dinheiro?

Está pensando em adquirir um imóvel? Então confira também esses textos que separamos para você:

Como funciona o financiamento imobiliário?

O financiamento imobiliário é um tipo de empréstimo voltado para a compra, construção ou reforma de um imóvel, seja ele residencial ou comercial.

Geralmente, esses bens apresentam preços muito altos, de forma que a maioria das pessoas não consegue comprá-los à vista. Nesse caso, o mais comum é que se recorra ao financiamento imobiliário para conseguir a aprovação do crédito necessário, fazendo o pagamento através de várias prestações, com o acréscimo de juros. Essa opção é especialmente atraente por dois motivos:

  • Custo: na média, financiamentos imobiliários apresentam as taxas de juros mais baixas do mercado;
  • Prazo: em função do alto preço dos imóveis, essa modalidade de crédito também costuma oferecer prazos bastante elevados, podendo chegar até a 30 anos.

Como pagar um financiamento imobiliário?

O pagamento do financiamento, como mencionamos, é feito de forma mensal, em prestações. Para não ficar décadas tendo esse gasto todos os meses e evitar o crescimento das taxas de juros, no entanto, é possível usar algumas dicas a fim de dar mais velocidade ao processo. Apresentaremos três delas ao longo dos próximos tópicos: amortização, uso do FGTS e uso do 13° e das férias.

1.      Amortizar o financiamento

Amortizar um financiamento é, na prática, reduzir o valor devido à instituição financeira através de um pagamento antecipado.

A ideia é que, ao pagar e diminuir uma parte do saldo devedor, os juros passam a incidir sobre uma quantia mais baixa. Dessa forma, as parcelas futuras tendem a ficar mais baratas, facilitando a quitação da dívida e acelerando o processo.

Como reduzir o valor das parcelas?

Para reduzir o valor da parcela, uma boa ideia é começar o financiamento com uma grande entrada. Não só isso reduz o valor restante necessário para a conclusão do pagamento, mas também incentiva a instituição financeira a oferecer melhores condições de juros, bem como prazos maiores.

Como baixar os juros de um financiamento imobiliário?

Para diminuir os juros do financiamento depois de seu início, o mais recomendado é traçar um bom planejamento financeiro a fim de separar quantias cada vez maiores para amortizar a dívida e acelerar o processo.

Nesse sentido, o primeiro passo é entender de quanto é seu orçamento e para onde ele está indo. Para isso, sugerimos que você fala uma listagem de gastos. Em outras palavras, registre todas as suas despesas, tendo um enfoque especial nas essenciais, e compare-as com todas as entradas de caixa que você tem ao longo de um mês.

Dessa forma, você consegue visualizar quanto é necessário gastar para manter um certo nível de padrão de vida, bem como quanto sobra para auxiliar na amortização do financiamento. Consequentemente, ao pagar essas parcelas antecipadamente, você diminui o montante restante, reduzindo também os juros que incidem sobre esse valor.

2.      Fazer uso do FGTS

Usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar um financiamento imobiliário pode ser uma ideia interessante, embora deva ser considerada com cautela, considerando que esse valor também é uma reserva financeira.

O rendimento do fundo, hoje em dia, é de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), valor inferior à inflação. Os juros das prestações, por sua vez, costumam variar entre 6% e 9%, o que torna a operação economicamente compensatória. Com o uso do FGTS, é possível reduzir o saldo devedor em até 80% ou 12 parcelas.

Vale notar: depois de utilizar o fundo, é necessário esperar pelo menos 2 anos para repetir a prática.

3.      Fazer uso do décimo terceiro ou férias

Essas quantias também podem ser usadas para acelerar ainda mais a amortização da dívida, caso você não precise usá-las para outros fins. Embora seja complicado abrir mão das oportunidades de curto prazo como viagens ou compra de produtos, pense que o uso do décimo terceiro e das férias é uma forma de se aproximar do sonho da aquisição do imóvel, com foco no longo prazo.

O que é IPCA no financiamento imobiliário?

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é um índice econômico usado para mensurar a inflação no Brasil, fenômeno caracterizado por uma alta geral nos preços. No entanto, outra função do IPCA está diretamente relacionada com os financiamentos imobiliários: diz respeito ao cálculo dos juros que incidem sobre as prestações.

Até 2019, a única alternativa do mercado era o cálculo usando uma taxa referencial. Com a implementação da opção atrelada ao IPCA, no entanto, alguns financiamentos começaram a oferecer taxas de juros mais baixas – mas, ao mesmo tempo, mais imprevisíveis, pois o IPCA pode variar ao longo do tempo.

Outra diferença importante entre as duas modalidades é o limite de renda comprovada que pode ser destinado para o financiamento: enquanto com a taxa referencial esse teto é de 30%, nos empréstimos com IPCA o limite é reduzido a 20%.

O que vale mais a pena: quitar o financiamento ou investir o dinheiro?

Depende. Financeiramente falando, quitar o financiamento só vale mais a pena se não houver uma opção de investimento que supere a taxa efetiva do empréstimo. No entanto, caso exista essa alternativa, você consegue lucrar mais e, consequentemente, amortizar quantias ainda maiores.

Em outras palavras, se a taxa de juros é de 8%, por exemplo, investimentos com retorno maior valem mais a pena. Mas atenção: muitas vezes, mesmo que o rendimento seja nominalmente maior, os custos envolvidos no processo podem acabar impactando o dinheiro resgatado ao final. Caso o investimento deixe de superar a taxa do empréstimo depois desses descontos, ele também deixa de compensar.

Além disso, antes de fazer qualquer investimento é recomendado montar uma reserva de emergência que cubra de 3 a 6 meses do seu custo de vida, o que também consumiria parte dos seus recursos, temporariamente.

Este é o final do post. Esperamos que você esteja mais seguro a respeito como funciona o pagamento de um financiamento imobiliário e a melhor forma de fazê-lo, e que consiga aplicar o planejamento necessário para executar a amortização e adquirir o seu imóvel desejado o quanto antes.

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