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Quer investir no Tesouro Direto? Tudo o que você precisa saber

Aprenda as principais características dos títulos públicos oferecidos pelo Tesouro Direto antes de começar a investir.

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tesouro direto | notebook aberto em cima da mesa em uma tela com gráfico em linha
Tudo o que você precisa saber sobre Tesouro Direto.

O Tesouro Direto é bastante popular. Atualmente, o programa tem mais de 2 milhões de investidores ativos e mais de R$ 80 bilhões em investimentos. Sua notoriedade não acontece à toa: liquidação de resgastes em D+0, opções de rentabilidade prefixada e acima da inflação, são algumas características que o colocam em destaque. 

Além disso, quando comparados à renda variável, os títulos do Tesouro apresentam menor complexidade. Nesse sentido, eles costumam ser uma boa opção para quem está começando a aplicar o próprio dinheiro, como quem deseja montar uma reserva de emergência ou juntar dinheiro para uma viagem internacional. 

Neste texto, vamos compartilhar informações essenciais para começar a investir no Tesouro Direto sem complicações.

Abaixo, os tópicos que serão discutidos ao longo de sua leitura: 

  • Tesouro Direto é um bom investimento? 
  • Como o Tesouro Direto funciona? 
  • Quais são os tipos de investimento? 
  • Quais são os descontos e taxas do Tesouro? 
  • Como funciona a liquidez dos Tesouros? 
  • Como a marcação a mercado impacta meus investimentos? 
  • Chegou a hora do planejamento financeiro 

Leia nossos conteúdos relacionados: 

Tesouro Direto é um bom investimento? 

Os títulos do Tesouro Direto podem ser boas opções de investimentos para diferentes perfis de pessoas, isso porque: 

  • O programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso à ativos públicos
  • Os títulos recebem a proteção do Tesouro Nacional, fazendo com que sejam um dos investimentos mais seguros do Brasil
  • Oferecem diferentes tipos de rentabilidade, podendo contemplar os mais variados objetivos financeiros; 
  • Contam com uma variedade de prazos de vencimento e indexadores financeiros; 
  • Oferecem liquidez D+0 e baixo investimento inicial em títulos em renda fixa

No entanto, antes de fazer a primeira aplicação é importante ressaltar que este é um programa do Tesouro Nacional criado junto à Bolsa de Valores brasileira (B3), que além da democratização dos títulos, tem como objetivo ser uma plataforma 100% digital decompra e venda de ativos públicosfederais por pessoas físicas.

Como o Tesouro Direto funciona? 

Basicamente, o Tesouro Direto funciona da seguinte forma: ao comprar um título público, você está emprestando seu dinheiro ao governo. Como retorno, você recebe o valor investido mais o acréscimo de juros

Por fim, os requisitos básicos para fazer a primeira aplicação, são:  

  1. ter um Cadastro de Pessoa física (CPF); e  
  1. uma conta em instituição financeira habilitada.

Quais são os tipos de Tesouro? 

Para contemplar objetivos financeiros variados, o programa Tesouro Direto oferece uma cartela de títulos variada, que têm como base diferentes indicadores macroeconômicos: 

  • Prefixado: rentabilidade fixa, indicado para objetivos financeiros de médio e longo prazo; 
  • Selic: tem rentabilidade que acompanha a taxa básica de juros, e em comparação aos demais títulos, é o que oferece menor risco em caso de venda antecipada. Segundo o site do programa, é ideal para investimentos de curto prazo; 
  • IPCA: rentabilidade atrelada a inflação, o que protege quem investe da oscilação de preços do mercado; 
  • RendA+: é o novo título do Tesouro, tem como objetivo proporcionar uma aposentadoria complementar ao benefício previdenciário. 

Se você deseja entender quais dessas opções é a mais indicada para você, recomendamos a leitura do conteúdo abaixo: 

Quais são os descontos e taxas do Tesouro? 

  1. Imposto de Renda: incide sobre os rendimentos referentes ao período em que o dinheiro ficou investido. Neste caso, a alíquota é regressiva, o que quer dizer que quanto maior for o prazo da sua aplicação, menor será o desconto no vencimento ou resgate; 
Tabela e gráfico de barras ilustrando os prazos e alíquota do imposto de renda: Alíquota de 22,5% em investimentos de 180 dias, de 20% em investimentos de 181 até 360 dias, de 17,5% em investimentos de 361 a 720 dias e 15% em investimentos acima de 720 dias.
  1. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): por também ser uma tributação regressiva, o valor só é exigido se você resgatar seu investimento antes de 30 dias. Nesse sentido, a taxa varia de 96% (primeiro dia) a 0% (trigésimo dia). E assim como o IR, o encargo tem incidência apenas sobre seus ganhos; 
  1. Taxa de custódia da B3: cobrada de investimentos superiores a R$ 10 mil, em um intervalo semestral. O valor é referente a 0,20% do saldo total das suas aplicações. Vale pontuar que esse desconto também pode ser recolhido em caso de venda antecipada e encerramento de posição
  1. Taxa de administração: este é o custo descontado pela instituição financeira habilitada escolhida pelo investidor. Por esse motivo, seu preço pode variar bastante.  

E ainda vale ressaltar que, mesmo que o Imposto de Renda seja retido na fonte, é necessário fazer a declaração dos seus títulos públicos.

Como funciona a liquidez dos Tesouros? 

A liquidez determina a velocidade em que seu ativo pode ser transformado em dinheiro. No caso do Tesouro Direto a grande vantagem é que todos os seus títulos pagam em D+0, o que quer dizer que você consegue ter o valor em mãos no mesmo dia em que vendeu os papéis. 

No entanto, o programa exige que você siga algumas regras: 

  • A transação precisa ser feita em um dia útil; 
  • A solicitação deve acontecer até às 13h;
  • Os títulos não podem estar em processo de reprecificação. 

E ainda em caso de resgate antecipado, é importante lembrar que essa transação só pode ser feita a preço de mercado referente ao dia da venda.

Como a marcação a mercado impacta meus investimentos? 

A marcação a mercado é a atualização diária dos preços dos títulos, que tem como base a oferta e demanda gerada por eles. Na prática, quando o investidor faz o resgate antes do vencimento, o ativo é colocado à venda no mercado e a taxa negociada naquele momento pode ser diferente da taxa contratada na data de aplicação. 

De forma resumida, quando o preço estabelecido pelo mercado estiver abaixo do originalmente contratado por você, liquidar o dinheiro não é a melhor opção. Os títulos do Tesouro Selic são a única exceção, uma vez que não sofrem este fenômeno.  

Chegou a hora do planejamento financeiro 

Agora que você já sabe como os títulos do Tesouro Direto funcionam, assim como conhece alguns caminhos para não sofrer com descontos ou com a marcação a mercado, basta começar seu planejamento financeiro.  

Isso porque, antes de fazer a primeira aplicação, é importante ter em mente seus objetivos financeiros. Pensando nisso, separamos alguns textos que podem potencializar ainda mais sua jornada no mundo dos investimentos: 

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