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Vale a pena investir em fundos cambiais?

Fundos cambiais são um bom investimento para quem deseja diversificar ou proteger o próprio patrimônio com exposição a outras moedas

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mulher branca com roupa social andando na rua e segurando celular nas mãos para pesquisar se vale a pena investir em fundos cambiais
Fundos cambiais são atrelados às variações na taxa de câmbio de moedas estrangeiras como o dólar e o euro

Os fundos cambiais são uma modalidade de produto muito interessante para quem deseja diversificar a carteira e proteger o próprio patrimônio com exposição a moedas estrangeiras. O retorno, nesse caso, vem das variações da taxa de câmbio.

No entanto, a verdade é que muita gente acaba não aplicando neste tipo de produto por falta de conhecimento. Pensando nisso, o C6 Bank preparou este post para tirar todas as suas dúvidas de forma simples e descomplicada. Ao longo da matéria, você irá aprender:

  • O que são fundos cambiais?
  • Como um fundo cambial funciona na prática?
  • Qual a composição de um fundo cambial?
  • Quais as tributações e custos desse tipo de fundo?
  • Para qual perfil de investidor um fundo como esse é adequado?
  • Vale a pena investir em fundos cambiais?

É investidor e está procurando diversificar a carteira? Então conheça também esses produtos:

O que são fundos cambiais?

Fundos cambiais são uma das modalidades disponíveis no amplo mercado de fundos de investimento. Se diferenciam de outras opções em função da predominância de moedas estrangeiras na composição da carteira – geralmente dólar ou euro. Nesse sentido, o investidor lucra – ou perde – com as variações na cotação dessas moedas ou no cupom cambial, nome dado à taxa de juros em dólares no Brasil.

A grande vantagem proporcionada pelos fundos cambiais é a oportunidade de diversificação. Por ser atrelado a moedas estrangeiras, esse produto acaba apresentando riscos bastante diferentes dos encontrados em muitas das aplicações disponíveis no mercado brasileiro, o que é benéfico para o investidor. Afinal de contas, quanto mais diluída a exposição, melhor.

Como um fundo cambial funciona na prática?

Fundos cambiais funcionam da mesma forma que outros tipos de fundos de investimentos. Basicamente, vários cotistas têm seus recursos aplicados de maneira coletiva sob a coordenação de um gestor profissional, que direciona o dinheiro do fundo de acordo com a estratégia predefinida.

Na medida em que os investimentos apresentarem rendimentos, os ganhos são, então, divididos proporcionalmente entre os cotistas, de acordo com os valores investidos por cada um.

Na maior parte das vezes, os gestores dos fundos cambiais fazem seu trabalho através das chamadas operações de swap cambial ou da compra de outros tipos de derivativos e produtos do tipo. O swap é, basicamente, uma troca de variação cambial, seja por uma taxa de juros predefinida ou pela oscilação de uma outra moeda.

Vale notar: os investimentos de um fundo cambial não são feitos na moeda em si, e sim em títulos delas, por meio dos derivativos. Na prática, isso significa que nem sempre será seguida exatamente a cotação da moeda à qual o fundo se refere, por mais que ainda estejam muito próximos.                                                                                                                                       

Qual a composição de um fundo cambial?

O que categoriza um fundo como cambial é a exigência de que ele tenha pelo menos 80% de seu patrimônio aplicado em ativos diretamente relacionados a moedas estrangeiras.

Os 20% restantes, por outro lado, podem ser aplicados em investimentos mais conservadores como títulos públicos ou privados, bem como em outros produtos de renda fixa, a fim de garantir maior estabilidade nos rendimentos.

Quais as tributações e custos desse tipo de fundo?

Quem investe em fundos cambiais precisa se preocupar com dois tributos: o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No caso do IR, a incisão é sobre a rentabilidade, e não sobre o patrimônio inteiro. Em relação à alíquota, o valor é definido de acordo com o prazo do investimento, da mesma forma que um fundo multimercado. De forma geral, quanto maior o tempo de aplicação do dinheiro, menor a fatia recolhida pelo Imposto de Renda. Confira a tabela a seguir para entender melhor:

Tempo de aplicaçãoAlíquota de IR
Até 180 dias22,5%
De 180 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
Mais de 720 dias15%

Vale notar: os fundos cambiais sofrem incisão do come-cotas, uma antecipação do IR. Isso significa que,no último dia útil de maio e de novembro, o administrador do fundo fará o cálculo de quanto cada investidor deve de imposto e ele será debitado automaticamente.

Via de regra, é levada em consideração a menor alíquota possível para cada tipo de fundo. Nos de curto prazo – ou seja, aqueles compostos por papéis com vencimento médio abaixo de 365 dias –, esse percentual é de 20%. Já para os fundos de longo prazo, 15%.

Em relação ao IOF, pode ficar mais despreocupado: esse tributo só é cobrado se o resgate for feito antes de 30 dias de aplicação. De forma geral, trabalhar com um prazo tão curto não é recomendado quando o assunto são fundos cambiais, mas caso isso seja necessário, você pode consultar a alíquota que será paga na tabela a seguir:

DiasAlíquota de IOFDiasAlíquota de IOF
196%1646%
293%1743%
390%1840%
486%1936%
583%2033%
680%2130%
776%2226%
873%2323%
970%2420%
1066%2516%
1163%2613%
1260%2710%
1356%286%
1453%293%
1550%300%

Adicionalmente, outros custos relevantes que devem ser levados em consideração são as taxas características dos fundos de investimentos. A primeira delas é a de administração, recolhida com o objetivo de remunerar o trabalho de administração e gestão dos profissionais que coordenam o fundo. Ela incide sobre todo o patrimônio mantido por cada cotista, independentemente dos resultados do fundo.

Não há regra para o percentual cobrado. Por isso, vale a pena ficar atento e pesquisar bastante antes de escolher o fundo mais adequado para você.

Para qual perfil de investidor um fundo como esse é adequado?

Para perfis moderados ou arrojados. Os fundos cambiais, por estarem atrelados às oscilações das moedas estrangeiras, estão suscetíveis a variações consideráveis em curtos períodos de tempo, apresentando uma volatilidade não recomendada a investidores de perfil mais conservador.

Isso é ainda mais importante quando se leva em consideração que, apesar de existir o percentual mínimo de 80% das aplicações voltadas a ativos relacionados a essas moedas, não existe um percentual máximo. Na prática, isso significa que muitos fundos podem reservar uma fatia ainda menor para os investimentos mais previsíveis, o que por consequência também aumenta o risco do produto.

Vale notar que, mesmo que você se encaixe em um desses dois perfis, ainda é necessário levar em consideração uma série de outros fatores: seus objetivos, horizonte de tempo, recursos dos quais dispõe para investir, entre outros. Por isso, tire um tempo para pensar bastante a respeito da estratégia que você deseja adotar antes de se tornar cotista de um fundo cambial.

Vale a pena investir em fundos cambiais?

Depende. Como mencionamos no tópico anterior, há diversas questões que devem ser levadas em consideração antes de fazer esse (e qualquer outro) investimento. No entanto, caso você já tenha refletido sobre e concluído que esses são pontos com os quais você deseja arcar, então sim, vale a pena investir em fundos cambiais.

Uma das vantagens desse produto é, por exemplo, a diversificação. O Prof. Liao, head de educação do C6 Bank, sempre reforça a dica: “não coloque todos os ovos em uma única cesta”. Isso não poderia ser mais verdade para os investimentos: ao alocar recursos em fundos cambiais, você deixa de depositar todas as fichas em uma única moeda, diluindo os riscos relacionados a ela e assumindo outros mais ligados à economia internacional.

Adicionalmente, para quem está buscando proteger o próprio patrimônio ou aplicando estratégias de hedge, essa modalidade de fundo também é excelente. Afinal, em caso de desvalorização do real e valorização do dólar, por exemplo, suas reservas seriam menos impactadas do que se você tivesse apenas investimentos locais, caso você fosse cotista de um fundo cambial de dólar.

Por fim, para quem tem dívidas ou outros tipos de pendência no exterior, ter reservas em outra moeda também pode ajudar a proteger o patrimônio, no caso de ser necessária a movimentação de alguma grande quantia.

Se você se interessou por investir em fundos cambiais, a boa notícia é que o C6 Bank pode ajudar. Na nossa plataforma de investimentos, C6 Invest, você encontra uma série de opções com diferentes aplicações mínimas e características. Para acessar nosso catálogo, basta seguir o passo a passo abaixo:

  1. Com a home page do nosso aplicativo aberta, toque em “C6 Invest”;
  2. Na seção “Self-service”, toque em “Fundos”;
  3. Você será apresentado a todo o catálogo de fundos de investimentos do C6 Bank, incluindo os de renda fixa, multimercados, ações e de criptomoedas. Para ver somente os cambiais, toque em “Filtros” ou “Tipos de fundos” e selecione “Fundo cambial”.
  4. Na sequência, basta escolher a opção desejada e fazer seu aporte. Pronto!

Gostou de saber mais sobre o que são, como funcionam, custos, composição e se vale a pena investir em fundos cambiais? Esperamos ter conseguido tirar todas as suas dúvidas.

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