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Saiba o que é risco em investimentos e como analisá-lo

Conheça a análise de risco para fazer os melhores investimentos pelo menor risco.

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mulher loira de camisa rosa estuda o que é risco em investimentos
Conheça os níveis de risco dos investimentos.

Todo investimento tem algum grau de risco – a premissa é válida para quem acabou de entrar no mercado financeiro e para especialistas da área. O que diferencia esses dois tipos de investidor é a capacidade de avaliar os riscos assumidos em cada um.

Por isso, neste artigo, vamos falar um pouco sobre como analisar os principais tipos de riscos de um investimento e entender como isso pode afetar seu bolso:

  • O que é risco em investimento?
  • O que é um investimento de alto risco?
  • O que é um investimento de baixo risco?
  • Quais são os tipos de risco?
  • 1. Risco de mercado
  • 2. Risco de liquidez
  • 3. Risco de crédito
  • 4. Risco de produto
  • Qual a relação de risco e retorno nos investimentos?
  • Afinal, como analisar o risco dos investimentos?
  • ILEP
  • Como se preparar para os riscos em investimento?

Quer saber mais sobre investimentos? Esses textos podem ajudar:

O que é risco em investimento?

O termo risco representa algo incerto, que coloca em perigo. Quando falamos desse conceito em finanças, ele representa um investimento sem garantia de retorno e em que existe a chance de haver prejuízos. Por isso, antes de fazer qualquer operação, é obrigatório realizar o suitability. Esse teste irá definir o seu perfil de investidor, estabelecendo qual o seu nível de tolerância às flutuações de preço.

Quando um investidor aloca seu patrimônio em um determinado papel, ele deve conhecer as projeções de crescimento para o negócio. Por exemplo, se a demanda de soja está em alta e o Brasil é um exportador de referência mundial, empresas do agronegócio devem ser uma boa adição na carteira. Ao mesmo tempo, se uma varejista recentemente se envolveu em um escândalo e o preço dos papéis sofre uma queda drástica imprevista, os acionistas irão lidar com uma perda do capital investido.

Como você pode perceber, o risco não vai depender de apenas um fator. Ele pode variar de acordo com o contexto macroeconômico, assim como questões individuais das companhias. Para se proteger disso, a estratégia mais adotada é montar uma carteira de investimentos diversificada.

Dessa forma, o acionista não fica exposto a apenas uma oscilação. Retomando o exemplo da soja e da varejista, caso isso aconteça, os lucros da commodity podem amenizar as perdas do portfólio pelo lado da loja, por exemplo. Ou seja, a diversificação de investimentos evita que você concentre o seu risco em poucos produtos ou ativos correlacionados.

Isso não significa que você deve atirar para todos os lados em dezenas de produtos diferentes. O princípio é: classes de ativos diferentes têm flutuações diferentes. Então, o ideal é diversificar sua carteira não só em relação a classes de ativos, mas também entre tipos de risco.

O que é um investimento de alto risco?

Um investimento de alto risco é aquele onde as chances de perda são elevadas. Proporcionalmente, eles tendem a ter um retorno com maior potencial no longo prazo. Esse nível de risco costuma ser adotado apenas por investidores arrojados, que têm experiência no mercado financeiro e conhecem as particularidades dos ativos.

Alguns exemplos de investimentos de alto risco são:

O que é um investimento de baixo risco?

Investimentos de baixo risco são aqueles que agradam a todos os tipos de investidores, principalmente os conservadores e moderados. Isso porque eles não apresentam uma probabilidade de perda elevada, sem colocar em perigo o capital investido.

Alguns investimentos clássicos que fazem parte da modalidade são os títulos de renda fixa, como:

Entre eles, os CDBs e Letras de Crédito ainda contam com a vantagem da proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Quais são os tipos de risco?

O mercado classifica o risco em investimento em alguns tipos. Os quatro principais são o de mercado, de liquidez, de crédito e de produto. Explicaremos cada um deles a seguir.

1.    Risco de mercado

Trata-se do risco de perda de valor devido à oscilação de preço de um ativo. Praticamente todos os produtos financeiros estão sujeitos a ele. Pense da seguinte forma: ao comprar ações, um imóvel ou até mesmo um título de dívida pública, você fica sujeito à variação do preço desses ativos. Ou seja: o valor deles pode subir ou descer.

A melhor forma de evitar que essas oscilações afetem a sua carteira com muita intensidade é, novamente, a diversificação do seu portfólio.

2.    Risco de liquidez

Nesse caso, o problema não é a perda de valor, e sim a impossibilidade de vender ou resgatar um investimento quando quiser. É o caso de um CDB pós-fixado com prazo de 3 anos, por exemplo. Se algum imprevisto acontecer e você precisar desse dinheiro, não vai poder resgatar antes da data prevista.

Outro exemplo é um fundo de investimento com prazo de 30 dias para conversão de cotas no resgate. Em alguns produtos, você até pode fazer o resgate antecipado, mas o valor total sofrerá descontos significativos, em função da cobrança de uma taxa adicional que incidirá sobre o valor resgatado.

O exemplo mais clássico, contudo, é a aquisição de um imóvel que, às vezes, pode ficar encalhado por anos gerando custos até que você consiga se desfazer dele.

Isso tudo não significa que você deve investir somente em produtos de liquidez diária – embora seja necessário manter a sua reserva de emergência em produtos desse tipo. É importante que você tenha em mente que, em termos de renda fixaquanto menor a liquidez, maior a rentabilidade. Por isso, o fundamental é diversificar a sua carteira com investimentos que atendam a diferentes objetivos. Se você quer complementar a renda da sua aposentadoria, por exemplo, investimentos de baixa liquidez podem ser interessantes.

3.    Risco de crédito

Esse risco está presente em todos os produtos de investimento em renda fixa, além de alguns de renda variável. É o famoso calote.

Esse é um risco associado a produtos como CDBs, debêntures e até mesmo a caderneta de poupança, pois corresponde à eventual incapacidade da instituição emissora de honrar com os compromissos assumidos.

Não se trata de uma regra absoluta, mas pode-se dizer que, de forma geral, quanto maiores forem os juros pagos pelo emissor, maior tende a ser o risco de crédito envolvido.

4.    Risco de produto

Esse último refere-se a fatores que podem impactar a rentabilidade de um produto específico. Isso pode acontecer em função de mudanças regulatórias, tributárias e questões econômicas. Se o governo decidisse tributar, a partir de hoje, um produto que até então era isento de IR, isso faria a rentabilidade líquida dele diminuir.

Nesse ponto, a diversificação significa investir em produtos diferentes, mesmo que tenham indexadores iguais e emissores iguais. Aplicar em CDB e LCI de um mesmo banco emissor, ambos indexados à taxa DI, por exemplo.

Qual a relação de risco e retorno nos investimentos?

Na maioria dos investimentos, o risco e o retorno são proporcionais. Ou seja, quanto mais volátil, mais potencial de lucros aquele investimento “promete”. Porém, o oposto também é verdadeiro: aplicações com menor variação tendem a ter retornos menos significativos.

Por isso, conhecer seu perfil de investidor e seus objetivos principais na hora de montar a sua carteira são tão importantes. Assim, você não se expõe a riscos acima dos desejados e pode buscar a rentabilidade desejada da melhor maneira.

Afinal, como analisar o risco dos investimentos?

O risco é analisado levando em conta os vários aspectos mencionados no texto: volatilidade, liquidez, crédito, entre outros.

Contudo, é preciso levar em consideração que imprevistos podem acontecer. Por isso, é sempre recomendado ter uma carteira preparada estrategicamente para que, nesse cenário, não ocorram prejuízos graves. Como já falamos, não existe investimento sem risco, mas alguns apresentam níveis diferentes dos outros.

ILEP

Em todo caso, você viu que os riscos são diferentes, mas a forma de mitigar todos eles é a mesma: diversificando sua carteira de investimentos. Nesse sentido, tenha em mente a sigla ILEP.

I – INDEXADOR: diversificar a carteira com produtos pré-fixados, pós-fixados, atrelados à inflação, moedas estrangeiras, e outros.

L- LIQUIDEZ: variar entre opções como liquidez diária, com carência, ações mais líquidas, ativos pouco negociados na Bolsa, por exemplo.

E – EMPRESA: buscar emissores diferentes, gestoras de fundo de investimento diferentes, ações de empresas diferentes.

P – PRODUTO: usar o grande leque de produtos de investimento diferentes no mercado brasileiro e internacional.

Como se preparar para os riscos em investimento?

O ato de investir traz consigo invariavelmente algum grau de risco. Portanto, o melhor que uma pessoa pode fazer para se preparar é conhecer os ativos e suas flutuações.

Para isso, o C6 Bank disponibiliza um suporte para você aprender sempre mais sobre o mercado financeiro e todas as suas entrelinhas. No nosso canal do YouTube, você pode conferir vídeos do Prof. Liao, o head de educação financeira do banco, que sempre tira as dúvidas mais frequentes dos nossos clientes.

Além disso, aqui mesmo, no blog do C6 Bank, você confere conteúdos diários sobre investimentos, Bolsa de Valores, renda fixa e muito mais. Todas as semanas, também publicamos um relatório de análise macroeconômica completo para você saber tudo que acontece no mundo.

No Spotify, você ainda encontra o Macro Review Podcast, nosso programa com a equipe econômica sobre os fatos que movem a economia no Brasil e no mundo.

Nesse texto, você aprendeu como analisar risco em investimento e diversificar sua carteira para diminuir a influência deles nos seus rendimentos. Esperamos que isso ajude nos seus próximos investimentos.

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